Em 2012 fui convidado pela W/McCann para fotografar o Hospital de Câncer de Barretos, um trabalho voluntário.

A agência me passou um briefing, as fotos tinham que trazer principalmente emoção;
Levei uma tonelada de equipamentos e fiquei lá por 3 dias.
Eles realizam o trabalho mais sério que já conheci, mais eficiente, construtivo, honesto.

Voltei com imagens emocionantes, e num estado psicológico fortíssimo. Aqueles dias mexeram comigo numa medida que a minha equipe conta que fiquei vários dias emocionalmente abalado, eu sabia (e sei) a estória de cada pessoa que fotografei.

Fui outras vezes, e muitas outras, levava meu assistente, aos poucos fui preferindo ir sozinho com equipamento básico, mergulho naquele ambiente de luta, dor, amor de uma forma que tem que ser individual, eu comigo e com eles, volto fortalecido por mais contraditório que possa parecer. Alguns partem, outros tem alta. Eu me agarro àqueles que estão lutando, para minha própria sobrevivência.

Conheci pessoas brilhantes! Fiz amizades.
Presenciar aquelas lutas, tanto dos profissionais como dos pacientes, provém direção.
Conseguem fazer o mundo mais bonito do que parece ser possível.

Choro muitas vezes.

Hoje temos um canal direto, adoro ir para lá. Já fui para Rondônia e Jales também.

O trabalho que eles realizam é tão importante e gigante em todos os aspectos, que chega a ser incalculável.
Acreditem, a existência está urgentemente  em primeiro lugar.
Não há nó impossível de desatar onde há amor.

Por isso passou a se chamar Hospital de Amor.